Viana do Castelo assinala Dia Internacional dos Monumentos e Sítios com sessão dedicada a Chafariz quinhentista
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Publicado em 11/04/2024

Viana do Castelo assinala Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

com sessão dedicada a Chafariz quinhentista

 

No dia 18 de abril, a Câmara Municipal de Viana do Castelo assinala o Dia

Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS) com uma sessão dedicada à empreitada

de reabilitação do Chafariz quinhentista da Praça da República.

A Casa dos Nichos acolhe, às 10h00, a sessão aberta à comunidade com o

tema “Chafariz da Praça da República em Viana do Castelo - O Restauro de uma obra

hidráulica quinhentista, em granito: metodologias, critérios e intervenção”.

Recorde-se que o Chafariz da Praça da República (antiga Praça da Rainha),

obra quinhentista que, em conjunto com os Antigos Paços do Concelho e a Misericórdia

compõem a imagem mais reconhecida do centro histórico de Viana do Castelo, está a

ser alvo de um profundo programa de restauro. Com a atividade pretende-se

apresentar a intervenção, os desafios e as soluções, ao público interessado, através de

uma apresentação publica, na Casa dos Nichos, seguida de uma visita à "obra".

A empreitada de conservação e restauro do Chafariz, classificado como

Monumento Nacional desde 1910 e verdadeiro ex-libris da principal sala de visitas da

cidade, é uma obra superior a 122 mil euros, acrescido de IVA. Em causa estão

patologias da pedra que afetam o chafariz, a necessidade de substituição da tubagem

interior e da consolidação da estrutura. É necessário que o chafariz seja desmontado

para ser tratado e voltar a ser colocado. “A desmontagem do pilar central do chafariz é

uma operação essencial, que permitirá a revisão total do sistema hidráulico e a

verificação e colmatação estrutural dos diversos elementos pétreos que o constituem”,

lê-se no projeto.

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS) assinala-se anualmente a

18 de abril. Este dia foi criado pelo Conselho Internacional de Monumentos e Sítios

(ICOMOS), em 1982. No ano seguinte, a UNESCO reconheceu esta data, na 22.ª

Conferência Geral. O seu objetivo é destacar a importância dos monumentos e sítios

na história e identidade dos vários povos, bem como apelar à sua preservação e

valorização.

 

O tema escolhido para 2024 é “Catástrofes e Conflitos à luz da Carta de

Veneza”, proposto pelo International Council of Monuments and Sites (ICOMOS). O

tema convida a refletir o Património Cultural partilhado que emana desta convenção

internacional, no ano em que celebra 60 anos, e que papel ainda desempenha na

atualidade.

A Carta de Veneza foi adotada em 1964, duas décadas após a II Guerra

Mundial, numa época que prometia progresso e desenvolvimento económico ilimitados.

Seis décadas depois, o mundo enfrenta uma emergência climática, um número

crescente de catástrofes naturais e conflitos, que levam à destruição de locais culturais

e à deslocação em massa de populações.

Testemunhos vivos de tradições seculares de um povo, os monumentos

históricos são um património comum, que urge salvaguardar para as gerações futuras,

com toda a riqueza da sua autenticidade. A Carta de Veneza, apresenta assim, os

princípios internacionais orientadores da conservação e do restauro dos monumentos

históricos, entendendo que “a conservação e restauro de monumentos visa

salvaguardar tanto a obra de arte como o testemunho da história” (artigo 3.º).

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