Moinho de Maré das Antigas Azenhas de D. Prior integrado na Rede
Portuguesa de Turismo Industrial
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e o
Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins, assinaram
ontem, e pleno Dia Nacional dos Moinhos, o protocolo de adesão do Moinho de Maré –
antigas Azenhas de D. Prior à Rede Portuguesa de Turismo Industrial.
Na sessão, que aconteceu no Centro de Monitorização e Interpretação
Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo, o autarca Luís Nobre valorizou a integração das
antigas azenhas nesta rede portuguesa, permitindo valorizar este moinho de maré e
estimulando o turismo industrial que tem ganho importância a nível nacional.
No arranque das comemorações, o Presidente do Turismo do Porto e Norte de
Portugal considerou que “o turismo industrial é um dos bons exemplos de como se
deve estruturar um produto” e referiu que 70% da oferta, a nível nacional, se localiza
no Porto e no Norte de Portugal, o que é justificado pela força da indústria na região.
Luís Pedro Martins destacou a presença de Viana do Castelo nas feiras de
turismo de proximidade, muitas vezes em parceria com o Turismo do Porto e Norte, “o
que tem permitido ao turismo da região um crescimento sólido” e garantindo que 2024
“vai certamente ser outro ano fantástico para este setor”.
Também o Vice-Presidente da Câmara Municipal, Manuel Vitorino, considerou
que as antigas Azenhas de D. Prior se localizam “num braço do rio onde temos a Rede
Natura 2000 e onde encontramos os Moinhos de maré, que podem fazer esta
amarração ao turismo industrial, que é um turismo diferenciador”.
Existe apenas um exemplar de Moinhos de Maré no concelho, conhecido como
Azenhas de D. Prior. Corresponde a um edifício robusto, com necessidade de uma
preparação do local de implantação, uma vez que funciona com a diferença entre a
preia-mar e a baixa-mar, precisa de condições muito específicas: proximidade da
costa, geralmente no estuário dos rios, no local onde as águas do rio, sob a pressão da
maré-alta, crescem para a margem, alagando-a. Sabe-se que este moinho foi mandado
construir pelo Abade de Lobrigos, no início do século XIX, para o abastecimento de
farinha à cidade. No início de XX, o comerciante Jules Deveze substituiu o mecanismo
de madeira por outro de ferro, que é o que podemos ver hoje. Deixou de funcionar nos
anos 30.