Vila Nova de Cerveira vai representar Portugal na Bienal Internacional
de Arte de Macau 2023
Vila Nova de Cerveira vai representar o país na Arte Macau: Bienal Internacional de
Arte de Macau 2023. De 1 de agosto a 11 de outubro o “Vila Nova de Cerveira
Pavilion” vai apresentar ao público uma seleção de 27 artistas, de 8 países e 4
continentes da coleção da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC).
Segundo a Agência Lusa, o Instituto Cultural (IC) de Macau indicou, na passada quarta-feira em
conferência de imprensa, que a exposição de Vila Nova de Cerveira, intitulada "A Metafísica da
Sorte e a Ciência do Azar", vai exibir uma seleção de 27 obras da coleção da FBAC de "artistas
de diferentes países e gerações". O pavilhão comissariado vai mostrar "diferentes visões do
mundo e refletir as consonâncias e contradições entre as tradições religiosas, superstições e
ciências", disse também o IC, em comunicado.
Para o presidente da FBAC, Rui Teixeira: “Esta é uma internacionalização sem precedentes. A
presença da FBAC na Arte Macau e numa região do globo que tanto diz aos portugueses é
motivo de orgulho redobrado, por isso a nossa responsabilidade neste evento reveste-se da
maior importância”. “Vamos representar Vila Nova de Cerveira e a história de um percurso de
sucesso na criação artística e na descentralização cultural”, acrescenta Rui Teixeira.
A exposição da FBAC, apresentada pelo Consulado-Geral de Portugal em Macau e Hong Kong,
vai estar patente no Antigo Estábulo Municipal de Gado Bovino de Macau. A diretora do IC,
Leong Wai Man, disse à Agência Lusa que a escolha surgiu de "uma negociação mútua" com o
consulado de Portugal e sublinhou que a Bienal Internacional de Arte de Cerveira, realizada pela
primeira vez em 1978, "é muito significativa".
Nas palavras das curadoras da exposição, Helena Mendes Pereira e Mafalda Santos, “dentro da
temática da Arte de Macau 2023 fizemos uma seleção de obras representativas de mais de 40
anos de criação artística contemporânea, que, de forma objetiva, subjetiva ou simbólica,
cruzam os binómios sorte & azar, espiritualidade & ciência, ordem & caos, conflito &
compatibilidade, solidão & comunhão, intenção & acaso”.
De referir que a “Bienal Internacional de Arte de Macau 2023” é um evento cultural e artístico
de grande escala e de nível internacional que tem como curador chefe Qiu Zhijie. Com base no
tema “A Estatística da Fortuna”, esta edição visa explorar a correlação entre ciência e religião,
por meio de obras artísticas e contará com obras de mais de 200 artistas de 20 países e
territórios, em 30 mostras espalhadas pela cidade.
Recorde-se que para o biénio 2023/2024, que desembocará na organização da XXIII Bienal
Internacional de Arte de Cerveira (2024), a FBAC está a convocar novos olhares – de artistas,
curadores, colecionadores e de outras estruturas de criação e programação – para pensar a
Liberdade, em tempos complexos como os que vivemos. “ÉS LIVRE?” é a pergunta colocada, de
forma direta, aos públicos, antecipando e assinalando os 50 anos do 25 de abril de 1974. A
FBAC, que integra a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, é uma estrutura financiada pela
República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.
Artistas representados: Ana Hatherly; Ana Maria Pintora; Ana Vidigal; Ana Wever; Ângelo de
Sousa; Gerardo Burmester; Helena Almeida; Henrique Silva; Inez Wijnhorst; Jaime Isidoro;
Jayme Reis; João Gonçalves; José Rodrigues; Jusa; Kyria Oliveira; Mafalda Santos; Manuel
Baptista; Manuel Dias; Nuno Nunes-Ferreira; Pedro Cabrita Reis; Pedro Calapez; Scoditti; Tales
Frey; Tchelo; Tiago Estrada; Zadok Ben-David; Zulmiro de Carvalho.
*Com Lusa