O Padre Renato Oliveira é de Viana do Castelo e está em Roma a tirar a licencenciatura em liturgia e desde o início dos seus estudos teológicos, ainda em Braga, se confrontou com o notável pensamento teológico de Bento XVI. O mesmo sucedeu nos estudos que agora faz em Roma.

"Não é possível pensar, hoje, a Teologia sem pensar em Bento XVI. É um dos maiores pensadores das últimas décadas, um notável construtor de pontes entre a fé, a ciência e a cultura. Mas a vida de Bento XVI vai muito para lá do seu percurso teológico. Ele soube viver o que sempre estudou enquanto Pastor da Igreja Universal. Nos últimos anos, em concreto, deu-nos um exemplo de profunda lucidez e humildade. Saber sair é uma grande arte. Bento XVI percebeu que não conseguia exercer plenamente o ministério que lhe estava confiado e passou a dedicar-se a uma vida orante e discreta. E estou certo que, vivendo assim, continuou a edificar a Igreja que sempre amou."

São centenas de milhares de pessoas aquelas que vão a Roma para se despedir daquele que foi simultaneamente homem da Palavra e, no passado recente, homem do silêncio, ainda que de um silêncio eloquente e inspirador.

A celebração será hoje dia 05 de janeiro pelas 09h30 de Roma, na praça de São Pedro, presidida pelo Papa Francisco.

 

Estarão presentes várias centenas de bispos e cardeais, nomeadamente o Cardeal-Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente, o Cardeal D. António Marto, e D. José Ornelas, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa. Estarão presentes cerca de 5000 padres.

 
Também marcará presença nesta cerimónia o Presidente da República Portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Bento XVI vai ser sepultado, por seu desejo, na Cripta da Basílica de São Pedro, no túmulo que recebeu São João Paulo II, antes de o Papa polaco ser transferido para uma capela perto da ‘Pietà’ de Michelangelo, na Basílica de São Pedro, após a sua canonização.

Pe. Renato Oliveira