Setor de Madeira e Mobiliário duplica exportações em uma década e reafirma compromisso com a excelência no 8º Congresso da AIMMP
Nacional
Publicado em 02/12/2024

 

SETOR DE MADEIRA E MOBILIÁRIO DUPLICA EXPORTAÇÕES EM UMA DÉCADA E REAFIRMA COMPROMISSO COM A EXCELÊNCIA NO 8º CONGRESSO DA AIMMP 

 

O congresso destacou temas centrais como ESG, descarbonização, gestão de talento e atratividade do setor, internacionalização, financiamento, marketing e inovação. Com um peso de mais de 4% no PIB nacional, o setor reafirma-se como um pilar estratégico da economia portuguesa, impulsionado pela sua competitividade e visão sustentável.

 

 
O 8º Congresso das Indústrias de Madeira e Mobiliário, organizado pela AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal, decorreu no passado dia 28 de novembro, no Grande Hotel de Luso, sob o mote "Um Rumo de Excelência". O evento contou com uma participação de mais de 230 participantes entre empresários, especialistas e stakeholders de todo o país, consolidando-se como um marco estratégico para o setor. Com um contributo superior a 4% do PIB nacional, a indústria de madeira e mobiliário tem demonstrado um crescimento consistente na última década, duplicando as exportações para mais de 3 mil milhões de euros anuais. Inovação, tecnologia, design e digitalização têm sido os vetores deste sucesso, posicionando o setor como um dos mais rentáveis e dinâmicos da economia portuguesa. 

Na abertura do evento, Isabel Damasceno, Presidente da CCDRC – Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro, destacou a importância das empresas da região para a economia nacional. "No centro localizam-se cerca de 20% das empresas do país”, reforçando o congresso como uma oportunidade de afirmar o papel da região enquanto motor de crescimento para Portugal, promovendo o diálogo entre inovação e tradição, que são pilares fundamentais da indústria. Como Key Note Speaker o congresso contou com a participação de Miguel Macedo, numa conversa com Jaime Quesado sob o tema “Portugal depois de Michael Porter”. 

A programação do congresso incluiu ainda debates sobre descarbonização, estratégias de sustentabilidade para alinhar a indústria com os objetivos climáticos globais, e o impacto da inteligência artificial (IA) no marketing numa apresentação de Pedro Dionísio, gestão e inovação. Destacaram-se também duas mesas redondas, uma sobre a gestão de talento e outra sobre a gestão florestal numa visão mais empresarial, dois desafios críticos para o futuro do setor. 

O painel "Histórias Fora da Curva" trouxe exemplos inspiradores de inovação empresarial, enquanto os workshops temáticos proporcionaram aos participantes conhecimento aprofundado em áreas específicas, promovendo uma abordagem prática e estratégica para os desafios do futuro. 

Para Vítor Poças, Presidente da AIMMP, o congresso reafirma o compromisso do setor com a excelência e a sustentabilidade. "Estamos num momento decisivo para consolidar o crescimento do nosso setor, mas também para enfrentar desafios globais como a descarbonização e a digitalização. O sucesso da indústria depende de uma gestão eficiente da floresta, um recurso natural e renovável que sustenta a nossa atividade. Para continuarmos a crescer, precisamos de fortalecer as exportações, reduzir as importações e apostar na formação de talento”, destaca. 

O Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, encerrou o congresso com um discurso focado no papel da floresta como alicerce para a sustentabilidade e economia do país. “Há muito trabalho feito, mas há problemas. É preciso criar harmonização, uma melhor gestão, maior proteção e valorização e, sobretudo, criar oportunidades”. Concluindo que “não devemos, a bem do país, falar só das florestas quando há incêndios e há desgraças. Temos de demonstrar que a floresta e tudo aquilo que ela traz tem de ser um desígnio nacional, por aquilo que aporta, mas sobretudo para não criar a imagem que depois tem um impacto negativo. Independentemente de quem está nas missões, temos de dar o melhor, temos de garantir que estamos a fazer o melhor pelo país, na perspetiva produtiva, sobretudo na criação de valor e riqueza, mas também para criar proteção para que as nossas populações não passem por aflição, dando previsibilidade que é uma grande segurança”.  

 

2º DIA DO CONGRESSO FOI MARCADO PELO PLANEAMENTO E ALINHAMENTO ESTRATÉGICO   

O segundo dia do evento foi dedicado exclusivamente aos associados da AIMMP, com um enfoque na definição de estratégias internas para reforçar a fileira. Reuniões sub-setoriais abordaram temas específicos para cada divisão da associação, promovendo um diálogo produtivo entre empresas e gestores. 

"Este segundo dia é essencial para consolidarmos a nossa visão estratégica. A AIMMP não é apenas um elo entre empresas, mas também um motor de transformação para todo o setor. Estas reuniões permitem-nos ajustar estratégias e definir prioridades, alinhando-nos com os desafios do futuro e reforçando o papel da associação enquanto parceira fundamental para o sucesso das empresas", sublinhou Vítor Poças, Presidente da AIMMP. 

A AIMMP continua comprometida com a internacionalização e a sustentabilidade, promovendo a inovação e a competitividade das empresas portuguesas. Com mercados estratégicos como Estados Unidos, Médio Oriente e Reino Unido a ganharem destaque, o setor prepara-se para enfrentar novos desafios, mantendo-se na linha da frente da economia nacional. 

Com um balanço extremamente positivo do evento, o 8º Congresso das Indústrias de Madeira e Mobiliário consolidou-se como uma plataforma essencial para o diálogo, a inovação e o crescimento sustentável do setor, todo o programa, oradores e fotos do evento pode ser consultado no site 8-congresso.aimmp.pt. A AIMMP reafirma assim o seu compromisso com a excelência e o apoio contínuo às empresas que fazem do cluster da Madeira e Mobiliário, uma das indústrias mais promissoras de Portugal.  
 

 

AIMMP é uma associação de utilidade pública, fundada em 1957, tendo por objeto social, de acordo com os seus Estatutos, “representar legalmente todas as empresas integradas no seu âmbito associativo, nomeadamente na celebração de convenções coletivas de trabalho, na promoção e na defesa dos direitos empresariais e nas ações de formação profissional.” A AIMMP é a única associação empresarial do setor de âmbito nacional e com uma perspetiva de Fileira, representando todas as indústrias de base florestal, exceto a celulose, o papel e a cortiça. Nos termos dos seus estatutos estão previstas 5 Divisões sub-setoriais: corte, abate, serração e embalagens de madeira; Painéis, Outros Derivados de Madeira e Energia de Biomassa; Carpintaria e afins; Mobiliário e afins; Exportação, importação e distribuição de madeiras e derivados. Estas indústrias exportaram cerca de 3 mil milhões de euros por ano.                                  

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