CTT LANÇAM COLEÇÃO DE SELOS PERSONALIZADOS EM HOMENAGEM ÀS PESQUEIRAS DO RIO MINHO
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A apresentação acontecerá aquando da 3ª edição da “Festa dos Pescadores das Pesqueiras do Rio Minho”, no próximo sábado, dia 18 de maio
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O valor material e imaterial das pesqueiras do rio Minho chamou a atenção dos CTT – Correios de Portugal que, em homenagem a esse património secular e aos pescadores, lançam agora uma coleção de selos personalizados composta por uma booklet de oito selos. A apresentação acontecerá aquando da 3ª edição da “Festa dos Pescadores das Pesqueiras do Rio Minho”, no próximo sábado, dia 18 de maio. O evento, fechado ao público, marca o encerramento da época piscatória nos dois lados do Rio Minho* e tem início previsto para as 10h30, no Parque de Merendas, junto ao acesso ao Rio Minho, freguesia de Alvaredo (coordenadas: 42.101261, -8.313881).
A Festa, cujo intuito é mostrar a importância da atividade piscatória nas pesqueiras do Rio Minho, aos níveis económico, ecológico, social, patrimonial e cultural, assume-se como um marco de convívio entre os pescadores das pesqueiras do rio Minho, assim como das várias instituições/entidades com as quais mantém relações profissionais e/ou institucionais, sendo apenas aberta a este público. Esta iniciativa oferecerá aos participantes uma experiência associada à gastronomia, com produtos endógenos da região, e à descoberta das suas origens, onde os participantes terão a oportunidade de conhecer in loco as pesqueiras e a arte ancestral da pesca que aqui se faz.
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10h30 | Concentração dos pescadores e entidades convidadas no Parque de Merendas do acesso de Alvaredo (coordenadas: 42.101261, -8.313881)
10h40 | Receção de boas-vindas » Presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista » Presidente da Junta de Freguesia de Alvaredo, Diogo Castro » Presidente da PESQUEIRAS - Associação dos Pescadores do Rio Minho, Venâncio Fernandes
11h00 | Caminhada pelo “Trilho dos Pescadores”, com explicação das artes da pesca 11h30 | Lançamento de coleção de selos CTT alusivos às Pesqueiras do rio Minho junto à Pesqueira Novas do Braço » Lurdes Além -Direção de Filatelia dos CTT
13h00 | Almoço convívio com música tradicional » Apresentação da música em homenagem ao rio Minho pelo grupo de concertinas
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O rio Minho marca a identidade das gentes de Melgaço e a ele estão ligadas as principais atividades que foram, durante anos, as suas fontes de sobrevivência e, desde cedo, se assumiu como uma das principais fontes de rendimento. Naquela época, o rio era rico em espécies que ainda hoje fazem as delícias gastronómicas, como o salmão, o sável, a savelha e, sobretudo, a lampreia, e que são hoje produtos de promoção turística. Atendendo à enorme variedade piscícola que o rio oferecia, a população foi utilizando os seus recursos e a sua própria topografia para construir armadilhas de pesca em pedra ao longo das suas margens – as pesqueiras do rio Minho.
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AS PESQUEIRAS DO RIO MINHO INTEGRAM O INVENTÁRIO NACIONAL DO PATRIMÓNIO IMATERIAL
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As pesqueiras do Rio Minho constituem um bom exemplo da relação estabelecida entre o meio físico e o social, um marco histórico-cultural que comprova os usos e costumes de um povo, nomeadamente na arte de armar a pesca. Desde novembro de 2022, integram o Inventário Nacional do Património Imaterial.
A origem das suas construções perde-se na História: as primeiras referências documentadas são do séc. XI. Já eram utilizadas pelos romanos para a pesca daquela que é considerada uma das maiores iguarias do rio Minho: a lampreia. Testemunham saberes ancestrais na escolha dos melhores sítios para a sua implementação, na sua orientação em relação às correntes do rio, no processo de trabalhar a pedra e erguer os muros, na escolha das redes mais adequadas e, ainda, no sistema de partilha comunitária do seu uso.
Saiba-se que este rio internacional concentra, nas duas margens e apenas no troço de 37 quilómetros, entre Monção e Melgaço, cerca de 900 pesqueiras (das quais cerca de 350 estão ativas).
*No troço compreendido entre a linha que passa pelas torres do Castelo da Lapela, em Monção – Portugal, e pela igreja do Porto, em Espanha, e o limite superior da linha fronteiriça.
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