Politécnico de Viana do Castelo assina protocolo com Câmara e alarga Janelas ConVIDA
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Publicado em 08/05/2024

Projeto pretende combater solidão da população mais idosa

 

 

     Politécnico de Viana do Castelo assina protocolo com Câmara e alarga Janelas ConVIDA

 

Janelas ConVIDA foi um projeto desenvolvido em tempo de pandemia por estudantes do curso de licenciatura em Educação Social e Gerontológica da Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo, que é, agora, alargado a mais instituições através do protococo a ser assinado com o Município de Viana do Castelo e o Centro Humanitário do Alto Minho da Cruz Vermelha Portuguesa.

 

Começou como um projeto de sala de aula, mas rapidamente ultrapassou as paredes da escola. Hoje, é considerado um caso de sucesso, replicado já em várias localidades. O Janelas ConVIDA, projeto desenvolvido em plena pandemia pela COVID-19 por estudantes do curso de licenciatura em Educação Social e Gerontológica da Escola Superior de Educação do Politécnico de Viana do Castelo (ESE-IPVC), com o objetivo de combater a solidão e o isolamento social da pessoa mais idosa, continua a crescer e a despertar atenções.

 

O Politécnico de Viana do Castelo prepara-se agora para assinar, conjuntamente com o Centro Humanitário do Alto Minho da Cruz Vermelha Portuguesa, um protocolo de colaboração e cooperação com a Câmara Municipal de Viana do Castelo, com o propósito de estender o Janelas ConVIDA a mais pessoas e a mais instituições. “Vamos dar mais corpo a um projeto que começou no curso de licenciatura em Educação Social e Gerontologia e que agora está efetivamente na rua, em prática”, explica Raquel Gonçalves, coordenadora do curso de licenciatura em Educação Social e Gerontológica da ESE-IPVC.

 

Numa fase inicial, as pessoas mais idosas foram sinalizadas, com ajuda da Cruz Vermelha, e, com a colaboração do Município de Viana do Castelo, foi dada formação aos 18 estudantes envolvidos.

 

O protocolo a ser agora assinado irá colocar em prática o “Programa de Voluntariado Académico Janelas ConVIDA”, que tem como “objetivo geral contribuir para o envelhecimento bem-sucedido de pessoas mais velhas residentes no concelho de Viana do Castelo”. Este eixo do voluntariado, acrescenta Raquel Gonçalves, está já em prática na freguesia de Montaria, aqui em Viana do Castelo, com a participação de 12 idosos, e pretende-se que chega a mais pessoas.

 

Janelas ConVIDA cada vez mais abrangente

 

Mas o projeto de combate à solidão, ao isolamento social, à insegurança e à exclusão social dos idosos está longe de se esgotar numa conversa à janela entre um estudante e um idoso. Em vigor e já com sucesso reconhecido está o “Letras com Afeto”, projeto que, tal como o anterior, também envolve estudantes e pessoas mais velhas. Através da troca de correspondência, os intervenientes “fazem conversa”, contam histórias e partilham memórias.

 

“Surfando Gerações”: uma ação intergeracional de combate ao idadismo

 

O combate ao idadismo assume várias feições e modos de atuação. Se o Janelas ConVIDA nasceu no âmbito de uma Unidade Curricular, o “Surfando Gerações”, projeto que também atua com vista ao envelhecimento ativo, surgiu no âmbito do estágio curricular da mesma licenciatura, Educação Social Gerontológica, da ESE-IPVC, com contributos do Olimpics4All, projeto desenvolvido pela Escola Superior de Desporto e Lazer (ESDL-IPVC), a Câmara de Viana do Castelo e o Surf Clube de Viana. A atividade, que aconteceu no final de abril e que pretendeu assinalar o Dia do Gerontólogo, levou até ao mar dezenas de idosos para momentos diferentes e uma partilha de experiências que terão certamente ficado gravadas na memória de todos os intervenientes, fossem eles mais ou menos novos.

 

“Esta atividade não foi apenas sobre surf, mas sim sobre construir laços e combater estereótipos negativos associados à idade. Foi uma oportunidade para desafiar cada um dos participantes, promover o contacto e aproximar gerações, trocar histórias e celebrar a vida. São projetos que, tal como os anteriores, começam em ambiente de sala de aula e que ganham expressão e extravasam para a comunidade”, remata a docente Raquel Gonçalves.

 

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