‘Zoo Story’ assinala Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
qui_30 nov_21h30 | CENTRO CULTURAL
‘Zoo Story’, a primeira peça integralmente em língua gestual portuguesa, assinala no Centro Cultural de Paredes de Coura na próxima quinta-feira, 30 de novembro, pelas 21h30, o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que habitualmente se evoca a 3 de dezembro por designação da Organização das Nações Unidas em 1998.
Com esta peça dirigida por Marco Paiva, com base num texto do dramaturgo norte-americano Edward Albee, concretiza-se de forma efetiva a acessibilidade cultural e a diversidade artística, bem como os direitos das pessoas com deficiência.
É com base neste propósito que, para além do espetáculo para o público em geral, a associação Terra Amarela, plataforma de criação artística inclusiva, realiza oficinas/laboratórios ao longo da semana com utentes e equipa técnica do CAO-Centro de Atividades Ocupacional.
Sobre ‘Zoo Story’, que nasce de uma coprodução entre o Teatro Nacional D. Maria II, Terra Amarela, Cine-Teatro Louletano, Centro de Artes de Águeda, Centro Cultural Vila Flor e Culturproject, é uma proposta de reconhecimento da diversidade como um espaço facilitador de encontros, enquanto questiona o teatro que se encerra no dogma, na convenção estética e formal. Um encontro raro entre públicos que têm diferentes necessidades e expectativas e que reconhecerão na prática teatral o seu espaço de representatividade, afirmação e sentimento de pertença.
Num espaço indefinido dá-se um encontro. Afirma-se a necessidade de comunicação e entendimento, dispensando a retórica. A partir daqui, o conflito escrito por Albee entre as personagens Peter e Jerry abre-se à plateia. Já não é uma personagem que procura outra, é um grupo de pessoas sentadas numa sala de teatro, à procura de uma forma de se relacionar com um espetáculo. A única morte é a de Jerry, mesmo no final. Tudo o resto é futuro.
Se a obra de Albee mostrava o encontro involuntário entre dois homens que expunham no seu diálogo o isolamento, a segregação e a desumanização das sociedades modernas, esta criação parte para um trabalho em torno da falência da norma, procurando encontrar uma salvação para as relações humanas na desmistificação e exploração de outras formas de comunicar.
FICHA ARTÍSTICA
Texto: Edward Albee
Direção: Marco Paiva
Interpretação: Marta Sales, Tony Weaver
Cenografia: F. Ribeiro
Figurinos: José António Tenente
Desenho de Luz: Nuno Samora
Sonoplastia: José Alberto Gomes
Assistência de Encenação: Bárbara Pollastri
Tradução para LGP: Carlos Martins
Produção Executiva: Nuno Pratas – Culturproject
Coprodução: Teatro Nacional D. Maria II, Terra Amarela, Cine-Teatro Louletano, Centro de Artes de Águeda, Centro Cultural Vila Flor e Culturproject
Parceria: Fundação GDA, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Projeto financiado pela República Portuguesa - Cultura / DGArtes
NOTAS SUPLEMENTARES
Este espetáculo tem serviços de AD - Audiodescrição, para pessoas com deficiências de visão, e LGP - Língua Gestual Portuguesa, para pessoas S/surdas (que falam Língua Gestual Portuguesa).