Diocese de Viana do Castelo
MENSAGEM: A propósito dos Incêndios que ocorrem em Viana do Castelo
Viana do Castelo, 29 de julho de 2025
Ano a pós ano, deparamo-nos sempre com a mesma tragédia motivada pelos incêndios.
São imagens que nos impressionam vindas de várias regiões do país e mesmo do
estrangeiro, mas quando toca a pessoas que conhecemos ou a povoações que fazem parte
da nossa relação, a dor é mais intensa e a preocupação torna-se mais forte.
No distrito de Viana do Castelo e no espaço geográfico da diocese de Viana do Castelo,
foram vários os municípios que foram atingidos pela força do fogo devorador. Contudo, no
presente, foi a região do Lindoso, no município de Ponte da Barca que revelou maior
preocupação e que causou maior destruição.
A minha primeira palavra dirige-se para as pessoas atingidas pelos incêndios, na maioria
idosas, para lhes expressar a minha solidariedade e, através das estruturas paroquiais e
diocesanas, disponibilizar a ajuda que careçam.
Faço o apelo à Cáritas diocesana e aos núcleos de Cáritas mais perto das zonas atingidas
que desenvolvam os esforços necessários para prestar socorro e ajuda às populações
atingidas. Certamente que a comunidade paroquial se esforçará por prestar o auxilio a
quem dele necessita e disponibilizará os espaços para o acolhimento das pessoas que a eles
recorram.
Apresento a minha palavra de apreço e gratidão às Corporações de Bombeiros que
abnegadamente combatem o fogo que se alastra nas povoações e que o enfrentam com a
coragem de quem não poupa a sua vida para salvar a vida e os bens do próximo. Igualmente
uma palavra de estimulo e reconhecimento pelo trabalho incansável da Protecção Civil, das
Forças de Segurança e dos Autarcas.
A floresta é um bem de todos e a todos e cada um compete defendê-la.
Quem visiona os rostos doloridos das pessoas que veem as suas vidas e os seus bens
ameaçados deve reflectir sobre as atitudes, valores e opções que norteiam a sua conduta.
Há uma educação cívica a empreender com coragem e com persuasão de modo a
alterarmos os comportamentos sociais e nos reconhecermos cada vez mais uma única
humanidade a viver numa verdadeira fraternidade.
Apelo a que todos cumpramos as determinações que nos são oferecidas pelas autoridades
competentes para minimizarmos os efeitos climatéricos.
Peço aos párocos e demais agentes pastorais que junto das comunidades cristãs apelem e
sensibilizem para a prevenção dos incêndios e para a ajuda a dar em caso que estes
aconteçam.
Este combate exige o esforço e a participação de todos.
+ João Lavrador, Bispo de Viana do Castelo