Publicado em 13/03/2025 por Administrador
Viana do Castelo celebra Dia do Pai e 70 anos do lançamento ao mar
do Gil Eannes a 19 de março
Viana do Castelo vai celebrar, no dia 19 de março, o Dia do Pai e os 70 anos do
lançamento ao mar do navio hospital Gil Eannes com um programa para pais e filhos e
entradas livres no museu flutuante.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo e a Fundação Gil Eannes vão promover
um programa comemorativo conjunto que inclui um conjunto de iniciativas, das 15h30
às 18h30. Durante esse horário, serão promovidas atividades e ateliers temáticos
no Centro de Mar.

Às 16h30, será encenado o conto “Fagundes e a Terra Nova dos
Bacalhaus”, que nos fala da viagem de João Álvares Fagundes até à Terra Nova,
onde o mareante vianense e sua tripulação encontraram um “mar cheio de bacalhaus”.
Esta teatro de sombras foi dinamizado pela Casa dos Nichos em parceria com o Centro
de Mar com o objetivo de falar aos mais novos das expedições de Álvares Fagundes
até às províncias marítimas americanas.
Na data, o navio estará iluminado e engalanado (Bandeiras do
Mariato) e será promovida uma oferta de brindes aos pais.
O navio “Gil Eannes” que está atracado na antiga doca comercial de Viana do
Castelo é o segundo da sua geração. Foi lançado ao mar, posto a flutuar, no dia 19 de
março de 1955, após construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo por
encomenda do Grémio de Armadores de Navios da Pesca do Bacalhau.
Este segundo Gil Eannes veio substituir um antigo cargueiro a vapor, da
companhia alemã "Deutsche Dampfschiffarts GeselIschaft Hansa", que havia sido
construído em 1914 e que ficara retido num porto nacional logo no princípio da sua
existência devido ao conflito mundial. Dois anos mais tarde, devido à declaração de
guerra da Alemanha a Portugal, foi apresado e sofreu substituição de bandeira. Este
primeiro navio, denominado ”Lahneck”, passou então a chamar-se “Gil Eannes” e ficou
sob a jurisdição da Marinha de Guerra Portuguesa. A partir de então, teve diversas
funções: transporte de tropas, cruzador, marinha mercante e navio-hospital.
O que conhecemos atualmente, o segundo Gil Eannes, iniciou a sua atividade
como hospital em 1955, apoiando durante décadas, a frota bacalhoeira portuguesa
que atuava nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. A sua principal função foi prestar
assistência hospitalar aos pescadores e tripulantes da frota bacalhoeira, mas também
foi navio capitania, navio correio, navio rebocador, garantindo abastecimento de
mantimentos, redes, isco e combustível aos navios da pesca do bacalhau. Ficou,
durantes anos, abandonado no cais do porto de Lisboa, até ser vendido a um sucateiro
para abate em 1997.
Após ser resgatado da sucata pela autarquia, chegou a Viana do Castelo a 31
de janeiro em 1998, para receber obras de reabilitação, tendo aberto ao público como
navio-museu nesse ano. Desde então, desempenha uma importante missão como
espaço cultural e expositivo, sendo o museu mais visitado do concelho.