“Fatores de Desenvolvimento Económico de Viana do Castelo no
panorama regional norte” em debate na Assembleia Municipal de
Viana do Castelo
A Assembleia Municipal de Viana do Castelo debateu hoje os “Fatores de
Desenvolvimento Económico de Viana do Castelo no panorama regional norte”, com a
presença de três convidados, que abordaram o tema. Na sua intervenção, o Presidente
da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, evidenciou os indicadores
económicos existentes e os grandes projetos que vão criar as melhores condições para
assegurar as oportunidades no futuro.
Na sessão estiveram Ricardo Simões, diretor de Inovação da CCDR-Norte;
Miguel Marques, consultor sobre economia do mar; e José Diogo Silva, especialista em
estudos e projetos e candidaturas a fundos comunitários, cabendo ao autarca de Viana
uma primeira intervenção. Luís Nobre sublinhou que existe “uma real expectativa” de
aumento das exportações, sendo que Viana do Castelo tem vindo a afirmar-se no
contexto regional e nacional no que toca a exportações.

“O Município de Viana do Castelo fez muito e pode fazer mais, ter capacidade
de aumentar os indicadores positivos e ter capacidade de fixar investimentos nas
atividades de futuro para a sustentabilidade”, lembrou, destacando sobretudo projetos
como o Centro Tecnológico Sust Mar, o Viana Starts, a Agenda da Inovação B Neutral,
mas também o trabalho da identidade, da economia verde e da economia azul. Para
Luís Nobre, o aproveitamento das oportunidades e a governança e as oportunidades
de financiamento serão fundamentais.
Já Ricardo Simões sublinhou que “Viana é exemplo do aumento da capacidade
e eficiência produtiva”, lembrando que das 250 empresas instaladas nos parques,
muitas são de renome internacional, um parâmetro que leva Viana do Castelo a ser
expressiva nos indicadores da exportação.
Miguel Marques revelou que “Viana do Castelo tem tudo: tem metalomecânica
pesada, tem um oceano com recursos, rio com recursos e pessoas que sabem tirar
proveito disso”. Para José Diogo Silva, Viana do Castelo pode e deve aproveitar os
apoios e incentivos, sendo que “Viana do Castelo é capaz de captar agentes dinâmicos
através destes mesmos incentivos”.

Recorde-se que o concelho de Viana do Castelo foi aquele que, nos três
primeiros trimestres de 2024, registou a mais expressiva subida das exportações a
Norte. A capital do Alto Minho registou, em setembro, um aumento de 37,2% das
exportações, o valor mais alto conquistado nos nove primeiros meses do ano passado,
de acordo com o relatório "Norte Conjuntura" da Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional do Norte.
As exportações de bens do Norte aumentaram 1,9% no 3º trimestre de 2024
face ao período homólogo do ano transato, invertendo a trajetória negativa observada
nos últimos quatro períodos. A evolução das exportações de bens nas diferentes sub-
regiões do Norte observou dinâmicas distintas no 3º trimestre de 2024. Pela positiva,
destacam-se as sub-regiões do Cávado (6,4%) e do Alto Minho (5,3%) com os
aumentos homólogos mais acentuados.
Entre os 20 principais concelhos exportadores do Norte, doze observaram um
crescimento nas exportações de bens no 3º trimestre de 2024, em comparação com o
mesmo período do ano anterior. Os maiores aumentos ocorreram em Braga (+17,2%),
Porto (+16,9%) e Viana do Castelo (+15,1%).
Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) tinha confirmado que, em outubro
de 2024, Viana do Castelo exportou bens no valor de mais de 104 milhões de euros. O
concelho registou, nesse mês, um crescimento considerável face ao mês homólogo de
2023 (que registara 75,494 milhões de euros). Foi o maior crescimento entre os 86
concelhos do Norte e o segundo maior do país, entre os concelhos que exportaram
mais de 100 milhões de euros, de acordo com o INE.