Viana do Castelo quer acolher Centro Interpretativo da História do Eixo Atlântico
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Publicado em 19/02/2025

Viana do Castelo quer acolher Centro Interpretativo da História do

Eixo Atlântico

 

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que é também

Presidente do Eixo Atlântico, Luís Nobre, propôs, hoje, que a capital do Alto Minho

acolha um Centro Interpretativo da História do Eixo Atlântico.

Em conferência de imprensa de balanço da Assembleia-Geral do Eixo, que

aconteceu, esta terça-feira, na Pousada de Santa Luzia, em Viana do Castelo, o

autarca vianense propôs que o Município encontre um espaço que possa ser

transformado num Centro Interpretativo, tendo a proposta sido muito bem acolhida

pelos 40 autarcas de cidades e deputações que compõem a associação.

“Viana do Castelo marca a história do Eixo Atlântico. A assembleia de

constituição aconteceu na nossa cidade, tivemos cá grandes momentos de

reivindicação que marcaram a história do Eixo Atlântico e, nesse sentido, acho que é

lógico que assim se concretize”, considerou o autarca.

Luís Nobre sugeriu que este espaço receba, por exemplo, as obras vencedoras

das Bienais de Pintura do Eixo Atlântico, e que seja concretizado na “cidade de

referência na constituição da associação e nos diversos momentos significativos ao

longo destes 33 anos de história”.

Luís Nobre referiu que objetivo deste espaço será “perpetuar, preservar e

projetar a memória e a história do Eixo Atlântico”.

O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Vázquez Mao, aplaudiu a iniciativa e

que a constituição deste Centro Interpretativo “é um exemplo do que é a Europa da

cooperação”.

A XXXIII Assembleia Geral do Eixo Atlântico, realizada esta manhã em Viana do

Castelo, aprovou a adesão de dois novos municípios à entidade: Betanzos e Vilalba. Na

reunião também se aprovou o orçamento de 5 090 000 € para 2025, bem como as

contas e o relatório de gestão do exercício.

A Assembleia Geral aprovou o programa cuja ação política do Eixo Atlântico se

estrutura em torno de três eixos: económico, desenvolvimento social e

sustentabilidade urbana. No âmbito económico, continuará a promover-se o turismo

sustentável através de dois novos conceitos em colaboração com universidades

galegas e portuguesas: o turismo de autor e o turismo policêntrico, além de uma nova

linha de trabalho centrada no enoturismo e no termalismo. O evento turístico com mais

participação é a Expocidades, uma feira que se realizará em Sarria durante o mês de

maio.

Na área social, foi aprovado o desenvolvimento de projetos de inovação

transformadora coesiva, bem como o desafio demográfico no eixo interior Lugo-

Ourense-Nordeste Transmontano. No âmbito desportivo, com especial atenção ao

desporto adaptado, a organização do Torneio de Boccia DI e do basquetebol em

cadeira de rodas em 2025.

Por outro lado, o Eixo Atlântico continuará a promover os intercâmbios

escolares, a XV Bienal de Pintura e a VIII Capital da Cultura do Eixo Atlântico,

inaugurada ontem em Viana do Castelo.

No que diz respeito à sustentabilidade urbana, serão realizados progressos na

fase final do Plano de Descarbonização e será lançada uma nova estratégia transversal

sob o conceito de “mudança de hábitos” em sintonia com a Comissão Europeia. Esta

proposta aborda temas chave como a redução de resíduos, a melhoria da qualidade do

ar, o combate ao desperdício alimentar, a mobilidade sustentável e a eficiência

energética. Será também promovida nas cidades do Eixo Atlântico a Nova Bauhaus

Europeia, uma iniciativa que se centra na criação de ambientes urbanos mais

inclusivos, sociais, verdes e acessíveis, em linha com os objetivos de sustentabilidade a

médio prazo da União Europeia.

Por fim, foi aprovada uma estratégia de internacionalização que inclui a

cooperação já existente com Cuba, Argentina, Brasil e Uruguai, e a cooperação futura

com Cabo Verde e México.

Na parte de debate político da Assembleia Geral, foi apresentado o relatório “As

cidades perante os novos desafios: notas para reflexão”, dirigido pelo catedrático

 

Fernando González Laxe. Este estudo, elaborado em colaboração com Arlindo Cunha,

professor de Economia na Universidade Católica do Porto, oferece uma análise

exaustiva da situação económica, demográfica e do comportamento populacional das

cidades da Galiza e do Norte de Portugal em 2023. Fernando González Laxe e Arlindo

 

Cunha apresentaram o relatório aos membros do Eixo Atlântico.

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