Diagnóstico Social do Concelho de Viana do Castelo integra plano a
implementar entre 2025 e 2027
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e a
Vereadora da Coesão Social, Carlota Borges, marcaram esta terça-feira presença na
apresentação do Diagnóstico Social do Concelho de Viana do Castelo, que identificou
como áreas prioritárias Saúde e Qualidade de Vida, Famílias e Comunidade, Infância e
Juventude e Setor Social e Inovação e inclui um Plano de Desenvolvimento Social a ser
implementado entre 2025 e 2027. Viana do Castelo conta atualmente com cerca de
8.000 imigrantes, números oficiais, vindos de 82 países de origens.
Luís Nobre referiu que o diagnóstico “é um documento estratégico” face “às
complexidades existentes no setor social à escala global”. O autarca vianense destacou
o investimento na habitação, na ação social, na educação e na saúde, pilares
considerados “prioritários” pelo executivo, alicerçados “num ecossistema empresarial
mais diversificado e resiliente”.
O Presidente da Câmara considerou mesmo que “investir na área social é
investir na coesão, na integração, na igualdade, num trabalho que é de todos e para
todos”.
A Vereadora da Coesão Social, Carlota Borges, apresentou o diagnóstico e o
plano, documentos que considerou determinantes e fruto de “um trabalho contínuo e
aberto a contributos”.
Para o Diagnóstico Social do Concelho de Viana do Castelo foram consultadas
as estatísticas oficiais, promovidas dez reuniões de cinco grupos de trabalho (saúde e
qualidade de vida; famílias e comunidade; setor social e inovação; migração; infância e
juventude) e promovidos 42 inquéritos por questionário.
Este documento resulta, assim, dos contributos recolhidos junto dos diversos
parceiros locais que foram mobilizados para este processo, complementados pela
análise de fontes oficiais como o Instituto Nacional de Estatística, os Censos, e outros
órgãos da administração pública, bem como de documentos internos fornecidos pelos
diferentes serviços do Município e por parceiros.
É objetivo do Diagnóstico Social a identificação dos problemas sociais do
concelho nas mais diversas áreas, com vista à definição da estratégia social do
concelho e das prioridades de intervenção. Ou seja, este diagnóstico reúne toda a
informação que permita obter o conhecimento da realidade do Município,
determinando os problemas, necessidades e, consequentemente, as causas para a
definição de um plano de intervenção, devidamente participado e integrado, assente
numa base de compromisso e de corresponsabilização de todos os parceiros.
O Plano de Desenvolvimento Social desempenha um papel crucial ao promover
a implementação e operacionalização de projetos de intervenção social no concelho,
baseando-se na congregação de esforços e na gestão eficiente dos recursos e
competências das organizações locais. Os projetos locais, delineados no âmbito deste
plano, constituem-se como respostas estruturadas e estratégicas que visam enfrentar
os desafios e problemas sociais identificados no Diagnóstico Social, permitindo a
harmonização e coordenação das intervenções a serem executadas.
O Plano de Desenvolvimento Social é, por si só, um instrumento de
planeamento estratégico: estão delineadas as etapas e estratégias a serem
implementadas, em concertação com as necessidades identificadas pelos diversos
agentes locais, prevendo, por isso, processos de mudança destinados a melhorar as
condições de vida e a promoção do bem-estar dos vianenses. A implementação deste
plano reflete uma visão integrada e participativa, garantindo que todas as iniciativas
resultem em respostas adequadas aos desafios específicos e às constantes mudanças
da sociedade.
Este plano terá vigência para o período de 2025-2027, sendo, contudo, um
instrumento de ação dinâmico, em virtude das constantes transformações da realidade
social, prevendo-se a realização de adaptações e atualizações sempre que tal se revele
necessário, de modo a assegurar que as ações propostas mantenham a sua relevância
e eficácia perante os desafios emergentes.
Tem como principais áreas de intervenção a Saúde e Qualidade de Vida, com
foco no envelhecimento, saúde mental, pessoas com deficiência e/ou incapacidade;
Família e Comunidade, com foco nas Pessoas em Situação de sem-abrigo, Migrantes;
Habitação; a Infância e Juventude e o Setor Social e Inovação.