Greve Nacional 28, 29, 30 e 31 outubro | Técnicos Sup. de Diagnóstico e Terapêutica alertam Primeiro-Ministro: Salvar o SNS começa com respeito pelos profissionais!
Nacional
Publicado em 17/10/2024

COMUNICADO DE IMPRENSA

 

Ignorados pelo Ministério da Saúde

 

TÉCNICOS SUP. DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA ALERTAM PRIMEIRO-MINISTRO: SALVAR O SNS COMEÇA COM RESPEITO PELOS PROFISSIONAIS!

 

“É incomportável para estes trabalhadores manter a paz social nos locais de trabalho e assistirem à total desconsideração a que estão a ser votados por parte do Governo, sem demonstrarem o seu descontentamento e revolta. Todos os profissionais de saúde merecem o respeito do Governo e, perante o Estado de Direito, devem ser tratados com igualdade e imparcialidade diante dos governantes” – Luís Dupont, Presidente do STSS. 

 

Uma vez que o Ministério da Saúde não responde a qualquer comunicação dirigida pelo STSS, desconsiderando todas as tentativas de contacto e de pedidos de reunião, nos últimos três meses, a estrutura sindical enviou um ofício ao Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, a solicitar uma audiência e a apelar que tome as diligências necessárias para que seja iniciado o processo negocial com os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, a fim de evitar o escalar do conflito com estes profissionais de saúde, com consequências diretas na prestação de cuidados aos utentes do SNS.  

Para o Presidente do STSS, Luís Dupont, este comportamento da tutela é incompreensível e discriminatório: “desde julho, que aguardamos respostas para as matérias assumidas de resolução urgente, por parte do Governo, assim como a apresentação da proposta de protocolo negocial e agendamento de reunião, que deveria ter acontecido em setembro e não aconteceu. Até à presente data, estes profissionais de saúde continuam a aguardar, a também considerada urgente, clarificação, pelo Ministério da Saúde, sobre a atribuição de um ponto e meio por cada ano de trabalho a todos os TSDT, em consonância com centenas de acórdãos e deliberações dos Conselhos de Administração de mais de 60% das instituições nacionais do SNS”. Lamentando que “apenas com os sindicatos representativos destes profissionais de saúde, não se deu início ao processo negocial, situação que não se verifica com outras carreiras especiais, já com protocolos negociais assinados e acordos estabelecidos e assumidos pelo Ministério da Saúde e o Governo”.      
 

GREVE NACIONAL: 28, 29, 30 E 31 OUTUBRO 
Concentração em frente ao Ministério da Saúde (29 outubro, 14h/17h)

 

Está nas mãos do Governo a não realização da greve, dando instruções imediatas sobre a correta atribuição de pontos e assinando um protocolo negocial. 

 

Cansados de serem ignorados, nos dias 28, 29, 30 e 31 de outubro, estes profissionais de saúde vão avançar com uma greve nacional. Em causa está a falta de resposta e de ação do governo em questões críticas relacionadas com a progressão na carreira e a aplicação de pontos da avaliação de desempenho, que afetam diretamente o posicionamento remuneratório dos trabalhadores, mas também em questões macro que carecem de protocolo negocial. 

No dia 29 de outubro, estes profissionais vão concentrar-se, em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, entre as 14h e as 17h. Com uma forte adesão esperada, reivindicam a marcação de uma reunião com o Governo para assinatura de um protocolo negocial que inclua a revisão da tabela salarial, resolução de injustiças na progressão de carreira e compensação por riscos. Exigem, ainda, a correta aplicação do sistema de avaliação, a contabilização do tempo de serviço para progressão e a admissão de mais profissionais. Requerem também a abertura de concursos e pagamento das diferenças salariais devidas, regularizando situações de precariedade e garantindo justiça salarial. 

Com esta paralisação podem não se realizar diversos exames complementares de diagnóstico, tais como, análises clínicas, ecografias, raio X, entre outros, bem como atividades nas áreas da terapêutica, nomeadamente, farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional. A não realização destes exames terá impacto não só no diagnóstico, mas como em cirurgias programadas, por exemplo. Os serviços mínimos assegurarão apenas as urgências. 

“Desta vez, a greve só será suspensa se houver respostas concretas e avanços reais nas nossas reivindicações. Já não basta o simples agendamento de uma reunião, precisamos de ações tangíveis e imediatas” destaca Luis Dupont, reforçando: “é incomportável para estes trabalhadores, e seus representantes, manter a paz social nos locais de trabalho e assistirem à total desconsideração a que estão a ser votados por parte do Governo, sem demonstrarem o seu descontentamento e revolta. Todos os profissionais de saúde merecem o respeito do Governo e, perante o Estado de Direito, devem ser tratados com igualdade e imparcialidade diante dos governantes”. 
 

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