Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica avançam com greve geral
Nacional
Publicado em 27/09/2024

Ministério da Saúde falha compromissos:

TÉCNICOS SUP. DE DIAGNÓSTICO  
E TERAPÊUTICA AVANÇAM COM 

GREVE NACIONAL

 

Profissionais acusam tutela de inação e preparam intensificação das formas de luta para o mês de outubro:

Greves por instituição (todas as semanas) 
Greve nacional (28, 29, 30 e 31 outubro) 
Concentração nacional (29 outubro)

 

O Ministério da Saúde falhou os compromissos assumidos com os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT), levando os profissionais a avançarem com uma greve nacional. A paralisação, agendada para os dias 28, 29, 30 e 31 de outubro, surge em resposta à falta de ação do governo em questões críticas relacionadas com a progressão na carreira e a aplicação de pontos da avaliação de desempenho, que afetam diretamente o posicionamento remuneratório dos trabalhadores, mas também de questões macro que carecem de protocolo negocial. 

O Presidente do STSS, Luís Dupont esclarece que, em julho, a tutela comprometeu-se a “clarificar a questão da atribuição de pontos com base na avaliação de desempenho, que não é uma matéria negocial, é simplesmente uma questão de interpretação jurídica, até ao final de outubro e a agendar, em setembro, uma reunião para elaboração do protocolo negocial, atualizar a tabela salarial e corrigir injustiças na revisão de carreira”. Contudo, até ao momento, nada foi feito e o silêncio persiste.  

Como consequência, os trabalhadores planeiam intensificar as formas de luta com mais dias de greve, face à falta de resposta do Ministério da Saúde. Para além de greves semanais, por instituição, como já tem vindo a acontecer, a estrutura sindical avança com uma greve nacional contínua de vários dias no mês de outubro. Em cima da mesa está, também, a possibilidade de uma greve conjunta com todos os setores da saúde.    
 

CONCENTRAÇÃO EM LISBOA: 29 DE OUTUBRO
 

No dia 29 de outubro, estes profissionais vão concentrar-se em Lisboa. Com uma forte adesão esperada, reivindicam a marcação de uma reunião com o Governo para assinatura de um protocolo negocial que inclua a revisão da tabela salarial, resolução de injustiças na progressão de carreira e compensação por riscos. Exigem, ainda, a correta aplicação do sistema de avaliação, a contabilização do tempo de serviço para progressão, e a admissão de mais profissionais. Requerem também a abertura de concursos e pagamento das diferenças salariais devidas, regularizando situações de precariedade e garantindo justiça salarial. 

“Desta vez, a greve só será suspensa se houver respostas concretas e avanços reais nas nossas reivindicações. Já não basta o simples agendamento de uma reunião, precisamos de ações tangíveis e imediatas” destaca Luis Dupont. 

Com esta paralisação podem não se realizar diversos exames complementares de diagnóstico, tais como, análises clínicas, ecografias, raio X, entre outros, bem como atividades nas áreas da terapêutica, nomeadamente, farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional. A não realização destes exames terá impacto não só no diagnóstico, mas como em cirurgias programadas, por exemplo. Os serviços mínimos assegurarão apenas as urgências.    

Foto: Noticias de Coimbra
 

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