Romaria d’Agonia é “o grande fator de união e coesão social e cultural do concelho”
1.000 mulheres desfilaram em Viana do Castelo no Desfile da Mordomia
da Romaria d’Agonia
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e o
executivo municipal receberam esta sexta-feira, no Salão Nobre, os cumprimentos
oficiais à autarquia e às entidades. Na cerimónia, que contou com uma representação
das 1.000 mulheres, de Portugal e outros dez países, que integram esta tarde o Desfile
da Mordomia das Festas em Honra de Nossa Senhora da Agonia, o autarca referiu que
celebrar a Romaria d’Agonia é “o grande fator de união e coesão social e cultural do
concelho”.
“A Romaria tem conseguido agregar, unir, envolver com toda a intensidade e
autenticidade a nossa comunidade. Podemos dizer, sem medos, que a nossa é a maior
romaria de Portugal. A Romaria d’Agonia é o verdadeiro berço da riqueza cultural e
religiosa do Minho, onde cabe todo o Portugal, a diáspora e as cidades geminadas”,
defendeu Luís Nobre.
“O papel de Nossa Senhora da Agonia é um papel de Mãe, representando todas
as mães que se dedicam à sua família, ao cuidar da família e dos nossos valores
culturais”, disse o autarca, considerando a Romaria d’Agonia “um ponto de encontro de
fé, de espiritualidade e de comunidade”.
Também o Presidente da Vianafestas, Manuel Vitorino, indicou que esta
representação de mordomas “é um prenúncio das 1.000 mordomas que vão desfilar,
pela primeira vez, nas festas”, considerando que estas jovens “sintetizam todas as
gerações que as antecederam” e afirmando que “a Mulher é destaque nas festividades
porque estamos numa sociedade matriarcal, com a Mulher a ser a base de toda a
estrutura social, familiar e de todos os aspetos da sociedade”.
Manuel Vitorino agradeceu ainda às cerca de 5.000 pessoas que ajudam a fazer
a Romaria, tornando estas festas únicas e irrepetíveis, “com um sentido de pertença,
de afirmação e do brio de ser vianense”.
O Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do
Norte (CCDR-Norte), António Cunha, assume a presidência da Comissão de Honra da
Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia de 2024, e elogiou a “máquina muito
poderosa e competente que permite que as festas aconteçam com o brilhantismo a
que estamos habituados”.
“As festas têm uma força enorme porque são festas feitas pelas pessoas.
Celebrar a Romaria d’Agonia é celebrar Viana, o Minho, a ligação muito forte e bem
conseguida entre a tradição, a modernidade, a cidade e a sustentabilidade”, referiu
ainda.
“Tenho de agradecer o honroso convite que me fizeram para presidir a
Comissão de Honra e indicar que dentro de dias vou completar 63 anos e esta será a
63ª vez que vou participar nas Festas d’Agonia, visto que já participava quando estava
ainda na barriga da minha mãe”, esclareceu António Cunha.
O Desfile da Mordomia é um dos destaques da Romaria d’Agonia, sendo
apelidado como a maior montra de ouro ao ar livre. Nem só do traje, com as várias
cores consoante a freguesia e o estatuto, vive este desfile, já que que o ouro que
adorna a beleza destas mulheres é ‘obrigatório', variando apenas a quantidade. Este
ano, cerca de um milhar de mulheres vão envergar o seu melhor traje e desfilar a
chieira “à vianesa” pela cidade, o maior número de sempre na história das festas.
A média de idades das mulheres inscritas é de 32 anos, sendo que a
participante mais nova do Desfile da Mordomia de 2024 tem 14 anos e a mais velha 84
anos. Estão inscritas mulheres a partir de 12 distritos de Portugal e mais dez países.
Destas, 760 mordomas são oriundas do concelho de Viana do Castelo e as restantes de
várias cidades de Portugal, de França, Estados Unidos da América, Suíça, Andorra,
Luxemburgo, México, Brasil, Canadá e Países Baixos.