REGRESSO AO PARNASO
diálogo entre as artes
sáb_3 ago_16h00 | Centro Mário Cláudio
O poeta Fernando Pinto do Amaral, o fotógrafo Adelino Marques e o músico Rui David reúnem-se no próximo sábado, 3 de agosto, pelas 16h00, no Centro Mário Cláudio, em Venade, Paredes de Coura, para mais uma sessão do Ciclo “Regresso ao Parnaso”.
Será certamente uma bela conversa, em tempo agradável de férias, dando sequência a este Ciclo “Regresso ao Parnaso” que procura a promoção de escritores e artistas contemporâneos, através do diálogo entre as artes.
Esse objetivo concretiza-se não só através de uma conversa livre entre os convidados, mediada por Jorge Velhote, como também através de uma pequena exposição artística, patente no Centro Mário Cláudio.
A entrada é livre.
Convidados da sessão
FERNANDO PINTO DO AMARAL (Poeta)
(n. Lisboa, 1960) é escritor e professor da Faculdade de Letras de Lisboa, onde lecciona desde 1987. Frequentou o curso de Medicina, mas veio a licenciar-se em Letras, completando o mestrado e o doutoramento em Literatura Portuguesa. Publicou cerca de 20 livros, divididos entre a poesia, a ficção, o ensaio, obras para a infância, etc.
Exerceu crítica literária no Público, no JL, na Colóquio-Letras e noutras publicações. Traduziu poetas como Baudelaire, Verlaine e Jorge Luis Borges, entre outros. Recebeu diversos prémios, entre os quais o Prémio do PEN Clube (Poesia) pelo seu livro Manual de Cardiologia (2016) e o Prémio Goya (Madrid, 2008) na categoria de Melhor Canção Original, pela letra do “Fado da Saudade”, no filme Fados de Carlos Saura. Foi comissário do Plano Nacional de Leitura entre 2009 e 2017. O seu livro mais recente é Última Vida (poesia), editado pela Dom em Maio de 2023.
ADELINO MARQUES (Fotógrafo)
Nasceu em Gondomar, onde reside. Iniciou o contacto com a fotografia no final dos anos 70, na Faculdade de Medicina do Porto, tendo sido um dos colaboradores do departamento de fotografia da Associação de Estudantes. Frequentou o curso livre de fotografia da Cooperativa Árvore no final dos anos 70 e posteriormente o curso profissional no Instituto Português de Fotografia – Porto.
Tem exposto regularmente o seu trabalho quer individual quer coletivamente, nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia, Finlândia, Chéquia, Ucrânia, Brasil e Estados Unidos da América. Alguns dos seus trabalhos encontram-se publicados em revistas e livros e fazem parte de coleções particulares e institucionais.
RUI DAVID (Músico)
Os 15 minutos de fama teve-os em 2018, quando participou no Festival da Canção com o tema "Sem Medo", de Jorge Palma. No ano seguinte lançou o seu disco de estreia, “Contraluz”, onde colaboraram artistas como Jorge Palma, Carlos Tê, Manuel Cruz, Miguel Araújo, entre outros. Além de ter levado o disco para a estrada, entre 2020 e 2022 tem criado e interpretado vários espectáculos de música e poesia, nomeadamente "Como Se Desenha Uma Casa", "Cabral" e "Paisagem para Torga". Nesses contextos, tem feito parcerias com vários poetas e letristas, desde João Habitualmente, Francisca Camelo, Tiago Torres da Silva ou Manuel Jorge Marmelo e musicado poemas de autores portugueses, como Miguel Torga, Rui Pires Cabral ou Rui Lage.
Em 2015 foi finalista do Festival Cantar Abril, promovido pela Câmara Municipal de Almada, com o tema original, “A Casa” e nesse mesmo ano criou para o FITEI o “Projecto Alarme”, uma revisitação ao universo das canções de intervenção, com “Cancões de Pontaria”. Nesses anos, percorre o país com o seu espectáculo “Som e Signo” e é nessa altura que escreve as suas primeiras canções. A primeira de todas, integrada no projecto “Corasons”, uma reunião de vontades que envolveu mais de 40 músicos da lusofonia da qual resultou um disco e vários espectáculos.
Tem trabalhado consistentemente em Teatro desde 2011, estreando-se como actor/intérprete em "Amor Solúvel", peça musical de Carlos Tê e em seguida "Missa do Galo", (direção musical de Manuel Paulo e Carlos Tê) e "Breviário Gota d'Água". Fez direção musical de espectáculos como "A Casa Encantada" ou "O Deserto de Medeia", ambos encenados por Luísa Pinto. Em 2019 e 2022, assinou a direção musical dos espectáculos "Os Anos Que Abalaram o Nosso Mundo" e "Ai o Medo Que Nós Temos de Existir", do Teatro Art'Imagem. Ainda em 2022 integrou o espectáculo "Tanto Shakes Para Nada" da companhia Triacto, como intérprete, músico e sonoplasta, funções que desempenhou também no espectáculo "É!", do coletivo de Teatro do Lado de Fora – um projeto de integração pela arte envolvendo população de risco, coordenado pela Associação Apuro.