Cítrico, fresco, mineral… assim se poderia descrever o Pequenos Rebentos Alvarinho 2023. Mas o que o torna verdadeiramente singular? Nesta que é a sua 14ª edição, traz algumas novidades: é 100% oriundo de vinhas velhas, recompensa os viticultores com vinhas plantadas antes de 1993 e surge com garrafa mais leve e imagem renovada. Um restyle que o enólogo Márcio Lopes considera “refrescante”.
O Pequenos Rebentos Alvarinho é um vinho com forte carácter varietal, rústico e fresco, mas ao mesmo tempo redondo e aromático. É elaborado 100% com a casta Alvarinho, a partir de uvas exclusivamente oriundas de vinhas velhas de viticultores selecionados da sub-região de Monção e Melgaço, que praticam agricultura sustentável e não usam herbicidas.
Características valorizadas pelo produtor que atribui, pela primeira vez, um prémio por kg de uva por serem oriundas de vinhas velhas plantadas antes de 1993, situação rara na região, tal como já o fazia por serem oriundas de vinhas livres de herbicidas. Uma política de reconhecimento e respeito pelos viticultores e pelo terroir, que vem reforçar a estratégia da empresa de valorizar as castas esquecidas e as vinhas antigas para que estas tenham condições de serem recuperadas. Já em 2021, Márcio Lopes, contrariando a tendência de mercado, começou a pagar 1€/kg pelas uvas tintas em Monção e Melgaço.
Tal como os restantes vinhos associados ao projeto Pequenos Rebentos, Márcio Lopes continua a apostar numa fermentação a temperatura mais elevada, entre os 18º e os 23º, do que o tradicional, em cuba de inox com recurso a battonâge. O equilíbrio entre as características dos solos de Melgaço, que potenciam o lado mais floral do vinho e o desenvolvimento de uma fruta com maior amplitude e concentração e de onde provêm 70% das uvas, e os solos férteis de Monção, que complementam a equação dando-lhe um carácter mais frutado, num balanço entre a intensidade aromática e a delicadeza da casta Alvarinho. Caraterísticas que, já em 2021, colocaram o Pequenos Rebentos no Top 10 dos Melhores Alvarinhos do Mundo pela Revista Decanter.
Para Márcio Lopes 2023 apesar de ter sido o ano “em que fizemos a vindima mais cedo de sempre. Começamos a vindimar a 26 de agosto. Foi um ano em que houve muita nascença, mas perto de junho houve uma monda natural, fruto das humidades e calor, em que se perderam alguns cachos. Apesar disso, conseguimos ter uvas com boa concentração, obtendo vinhos equilibrados e com uma acidez "no ponto".”
|