CCP - Comércio de Proximidade critica transição digital e falta
de apoios do Governo
Lisboa, 24 outubro 2023 - A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal
(CCP) acompanha as preocupações expressas em recente comunicado, por
um conjunto de associações empresariais do norte a sul do país, no que
respeita à insuficiente aposta das políticas públicas no sector do comércio
e de muitos serviços.
É inquestionável que estes sectores, que pela sua dimensão dão um
contributo significativo para a economia e o emprego, têm passado por
profundas transformações e estão confrontados com significativos
desafios, nomeadamente o desafio da transição digital.
O alerta para a falta de apoios efetivos ao comércio de proximidade conta
na região norte com a AEVC - Associação Empresarial de Viana do Castelo
e a AEB – (Associação Empresarial de Braga) e com as associações
empresariais da região de Coimbra (ACIFF – Associação Comercial e
Industrial da Figueira da Foz, Associação Empresarial Regional, AESL
(Associação Empresarial da Serra da Lousã, ACIBA (Associação Comercial e
Industrial da Bairrada e Aguieira), AEDP (Associação Empresarial de
Poiares), CEMC ( Clube de Empresários de Miranda do Corvo), APBC –
Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, NEP – Núcleo Empresarial
de Penela, AEMIRA – Associação Empresarial de Mira, AEPS – Associação
Empresarial de Pampilhosa da Serra).
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A CCP considera que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dispõe
de um montante de apoios dirigidos ao sector do comércio e serviços que
é claramente residual, quer face ao montante total do programa, quer
face aos apoios dirigidos especificamente às empresas. Por outro lado,
existe um risco significativo de estes sectores serem novamente
marginalizados do âmbito do PT 2030.
Neste contexto, considera a CCP totalmente fundamentadas as
pretensões deste conjunto de associações que reclamam a criação de um
programa de apoio à modernização do Comércio, com a maior brevidade
possível, assim como a criação de avisos de candidatura no âmbito do
PT2030, desenhados especificamente para os desafios, especificidades e
reais necessidades do comércio e serviços de proximidade.
Estas pretensões vão aliás ao encontro das propostas apresentadas pela
CCP ao Governo no contexto da definição de uma Agenda para a
Competitividade do Comércio e dos Serviços, prevista no Acordo de
Concertação Social de 2022 e reafirmada recentemente no contexto da
concertação social.