Fundação Bienal de Arte de Cerveira é uma das 8 entidades selecionadas pela DGARTES para apoio
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Publicado em 14/12/2022

Fundação Bienal de Arte de Cerveira é uma das 8 entidades

selecionadas pela DGARTES para apoio

Programação 2023/ 2024 contará com um financiamento de 240 mil euros

 

Já são públicos os resultados finais do Programa de Apoio

Sustentado às Artes 2023-2026 no domínio das Artes Visuais

(criação e programação), promovido pela Direção-Geral das

Artes. A candidatura apresentada pela Fundação Bienal de Arte

de Cerveira (FBAC) “És Livre? Novos olhares sobre coleções e

criações para pensar a Arte e a Liberdade” foi uma das 8

selecionadas para apoio e a terceira com maior pontuação.

As listas definitivas de resultados na área das Artes Visuais foram

publicadas pela DGARTES na passada sexta-feira. Na modalidade

bienal, com 1,5 milhões de euros, serão apoiados 8 projetos de 31

considerados a concurso. A FBAC soma uma pontuação de 81,18%,

a mais elevada no seu histórico de classificações, e será

contemplada com um apoio bienal (2023-2024), num total de 240 mil euros.

Para o Presidente da FBAC, Rui Teixeira: “Esta é a primeira vez que

um projeto apresentado pela FBAC é selecionado em concurso para

um apoio sustentado, a dois anos. Este resultado vem dar

continuidade a um trabalho de décadas que se renova agora com

uma nova estratégia de gestão e de programação dando mais

vitalidade e dinâmica cultural ao território”.

Também a Comissão de Apreciação do Programa da DGARTES, na

sua avaliação, descreveu o projeto apresentado pela FBAC como

“relevante na região em que atua, que potencia a criação e a

produção de pensamento e práticas artísticas, com o objetivo de

transformar Vila Nova de Cerveira numa referência internacional da arte contemporânea”.

“Vila Nova de Cerveira é um «hub cultural» em expansão e

queremos continuar a trilhar este caminho assente em três pilares

estratégicos: educação, aproximação aos públicos e

internacionalização”, acrescenta Rui Teixeira.

 

Linhas programáticas para o biénio 2023/2024 evocam os 50

anos do 25 de abril e incluem nomes como o curador João Ribas

Para o biénio 2023/2024, que desembocará na organização da XXIII

Bienal Internacional de Arte de Cerveira (2024), a FBAC propõe

convocar novos olhares – de artistas, curadores, colecionadores e de

outras estruturas de criação e programação – para pensar a

Liberdade, em tempos complexos como os que vivemos. ÉS LIVRE?

é a pergunta que será feita, de forma direta, aos públicos,

antecipando e assinalando os 50 anos do 25 de abril de 1974.

O programa será coordenado por uma equipa curatorial e de

programação liderada por Helena Mendes Pereira e Mafalda Santos,

que contará com a participação de curadores de mérito, tais como

João Ribas, Raphael Fonseca e Jorge da Costa.

Em 2023, a programação expositiva em Vila Nova de Cerveira

arrancará no segundo trimestre, sendo que os primeiros meses do

ano serão dedicados à desmontagem da XXII Bienal Internacional de

Arte de Cerveira e à manutenção dos espaços.

A partir de maio, a FBAC irá apresentar exposições da Coleção do

Museu Bienal de Cerveira e acolher a Coleção de Norlinda e José

Lima, afirmando Vila Nova de Cerveira como um lugar de referência

no circuito da arte contemporânea. A nível de itinerâncias da Coleção

da FBAC, serão promovidas mostras no Alentejo, em Estremoz, e em Bragança.

A criação artística a partir do território é um dos objetivos da

atividade “Livre trânsito_ciclo permanente de residências e

intervenções artísticas” que irá reativar as oficinas do Fórum Cultural

de Cerveira já no próximo ano.

Em 2024 comemoram-se os 100 anos do nascimento de Jaime

Isidoro, considerado o “pai” da Bienal Internacional de Arte de

Cerveira. Neste âmbito, será produzido um documentário que

evidencie o seu papel, na história da arte portuguesa, como

divulgador, colecionador e artista. Assinalam-se, também, os 50 anos

de realização do importante ciclo “Perspectiva 74” e João Ribas será

curador de uma exposição que celebrará a efeméride. Terá arranque

previsto para 2023 e dobrará as comemorações do centenário de nascimento de Jaime Isidoro.

 

Transversais a todo o programa, as ações de mediação cultural

promovidas pelo Serviço Educativo serão uma aposta reforçada.

Dando continuidade a projetos de sucesso, serão dinamizadas novas

atividades, direcionadas às necessidades do território. A comunidade

escolar, as famílias, o público sénior, a população migrante e utentes

diagnosticados com problemas de saúde mental, serão alguns dos

públicos convidados a participar neste projeto de democratização cultural.

Por último, no que concerne ao programa formativo serão

ministradas sessões nas seguintes áreas: acolhimento e fidelização

de públicos, atendimento a pessoas com necessidades específicas,

mediação cultural e curadoria e montagem de exposições.


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