Fundação Bienal de Arte de Cerveira é uma das 8 entidades
selecionadas pela DGARTES para apoio
Programação 2023/ 2024 contará com um financiamento de 240 mil euros
Já são públicos os resultados finais do Programa de Apoio
Sustentado às Artes 2023-2026 no domínio das Artes Visuais
(criação e programação), promovido pela Direção-Geral das
Artes. A candidatura apresentada pela Fundação Bienal de Arte
de Cerveira (FBAC) “És Livre? Novos olhares sobre coleções e
criações para pensar a Arte e a Liberdade” foi uma das 8
selecionadas para apoio e a terceira com maior pontuação.
As listas definitivas de resultados na área das Artes Visuais foram
publicadas pela DGARTES na passada sexta-feira. Na modalidade
bienal, com 1,5 milhões de euros, serão apoiados 8 projetos de 31
considerados a concurso. A FBAC soma uma pontuação de 81,18%,
a mais elevada no seu histórico de classificações, e será
contemplada com um apoio bienal (2023-2024), num total de 240 mil euros.
Para o Presidente da FBAC, Rui Teixeira: “Esta é a primeira vez que
um projeto apresentado pela FBAC é selecionado em concurso para
um apoio sustentado, a dois anos. Este resultado vem dar
continuidade a um trabalho de décadas que se renova agora com
uma nova estratégia de gestão e de programação dando mais
vitalidade e dinâmica cultural ao território”.
Também a Comissão de Apreciação do Programa da DGARTES, na
sua avaliação, descreveu o projeto apresentado pela FBAC como
“relevante na região em que atua, que potencia a criação e a
produção de pensamento e práticas artísticas, com o objetivo de
transformar Vila Nova de Cerveira numa referência internacional da arte contemporânea”.
“Vila Nova de Cerveira é um «hub cultural» em expansão e
queremos continuar a trilhar este caminho assente em três pilares
estratégicos: educação, aproximação aos públicos e
internacionalização”, acrescenta Rui Teixeira.
Linhas programáticas para o biénio 2023/2024 evocam os 50
anos do 25 de abril e incluem nomes como o curador João Ribas
Para o biénio 2023/2024, que desembocará na organização da XXIII
Bienal Internacional de Arte de Cerveira (2024), a FBAC propõe
convocar novos olhares – de artistas, curadores, colecionadores e de
outras estruturas de criação e programação – para pensar a
Liberdade, em tempos complexos como os que vivemos. ÉS LIVRE?
é a pergunta que será feita, de forma direta, aos públicos,
antecipando e assinalando os 50 anos do 25 de abril de 1974.
O programa será coordenado por uma equipa curatorial e de
programação liderada por Helena Mendes Pereira e Mafalda Santos,
que contará com a participação de curadores de mérito, tais como
João Ribas, Raphael Fonseca e Jorge da Costa.
Em 2023, a programação expositiva em Vila Nova de Cerveira
arrancará no segundo trimestre, sendo que os primeiros meses do
ano serão dedicados à desmontagem da XXII Bienal Internacional de
Arte de Cerveira e à manutenção dos espaços.
A partir de maio, a FBAC irá apresentar exposições da Coleção do
Museu Bienal de Cerveira e acolher a Coleção de Norlinda e José
Lima, afirmando Vila Nova de Cerveira como um lugar de referência
no circuito da arte contemporânea. A nível de itinerâncias da Coleção
da FBAC, serão promovidas mostras no Alentejo, em Estremoz, e em Bragança.
A criação artística a partir do território é um dos objetivos da
atividade “Livre trânsito_ciclo permanente de residências e
intervenções artísticas” que irá reativar as oficinas do Fórum Cultural
de Cerveira já no próximo ano.
Em 2024 comemoram-se os 100 anos do nascimento de Jaime
Isidoro, considerado o “pai” da Bienal Internacional de Arte de
Cerveira. Neste âmbito, será produzido um documentário que
evidencie o seu papel, na história da arte portuguesa, como
divulgador, colecionador e artista. Assinalam-se, também, os 50 anos
de realização do importante ciclo “Perspectiva 74” e João Ribas será
curador de uma exposição que celebrará a efeméride. Terá arranque
previsto para 2023 e dobrará as comemorações do centenário de nascimento de Jaime Isidoro.
Transversais a todo o programa, as ações de mediação cultural
promovidas pelo Serviço Educativo serão uma aposta reforçada.
Dando continuidade a projetos de sucesso, serão dinamizadas novas
atividades, direcionadas às necessidades do território. A comunidade
escolar, as famílias, o público sénior, a população migrante e utentes
diagnosticados com problemas de saúde mental, serão alguns dos
públicos convidados a participar neste projeto de democratização cultural.
Por último, no que concerne ao programa formativo serão
ministradas sessões nas seguintes áreas: acolhimento e fidelização
de públicos, atendimento a pessoas com necessidades específicas,
mediação cultural e curadoria e montagem de exposições.